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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

AS ELEIÇÕES EM CUBATÃO E A LEI DO SILÊNCIO

Empreiteiras, empresas de olho na máquina pública para negócios escusos, lobistas de todo tipo, e outros grupos econômicos poderosos, de dentro e fora da cidade, passaram a conspirar abertamente para evitar a realização de debates em torno das propostas dos candidatos que disputam as eleições em Cubatão.
Querem ganhar no "abafa", uma espécie de "tapetão", em que os candidatos não precisarão apresentar uma única proposta nem assumir qualquer compromisso real com a população. Pesquisas de opinião de metodologia duvidosa, patrocinadas por esses mesmos grupos, passaram a ser usadas como arma, não de informação, mas de propaganda, a serviço da corrupção das consciências.
A estratégia para evitar debates está em pleno andamento e, lamentavelmente, conta com o apoio da candidata que estaria na dianteira das primeiras pesquisas de opinião divulgadas pelo Grupo A Tribuna – uma do IBOPE e outra do Instituto de Pesquisas do próprio jornal – o IPAT - , presidido pelo ex-vereador do PT e sociólogo, Alcindo Gonçalves.
Trata-se de uma conspiração que lembra o escândalo da Proconsult, nas eleições de 1.982, montado pela Globo para barrar a ascensão do ex-governador Leonel Brizola ao Governo do Rio. Uma conspiração silenciosa que abala a legitimidade do processo eleitoral e compromete a qualidade dos mandatos.
Sem debates, sem espaço para que os candidatos apresentem suas propostas, seus programas, é o processo democrático que fica irremediavelmente comprometido.
O povo de Cubatão que, por 17 anos, foi impedido de votar para prefeito pelos governos militares e que conquistou, à duras penas, sua autonomia, com o restabelecimento das liberdades democráticas no país, não pode aceitar essa espécie de "Lei do Silêncio", que esses grupos- conhecidos sangue-sugas dos dinheiros públicos – querem impor à população, retirando-lhe o seu direito sagrado de conhecer, se informar, para então, livremente decidir. Aceitar esse jogo perverso, seria renunciar a nossa própria condição de cidadãos. A Justiça Eleitoral está atenta na sua função de coibir os abusos e garantir o cumprimento da Lei, mas cabe à cidadania o principal papel de impedir a fraude no seu direito democrático ao voto livre.
É para impedir que a conspiração dos poderosos se imponha nas eleições, mantendo na Prefeitura grupos contumazes na prática da pilhagem e da corrupção despudoradas, que lanço um apelo à população trabalhadora. VAMOS REAGIR!
Estou encaminhando apelo aos meios de comunicação da Baixada e Litoral – em especial ao Grupo A Tribuna, a Rede Record e SBT – para que contribuam para a lisura do pleito e legitimidade dos eleitos, promovendo a discussão e o debate aberto e franco das propostas.
Que vença o melhor, mas que seja o povo a decidi-lo livremente, depois de analisadas as propostas de cada um, não os grupos que, por meio da corrupção, promovem a pilhagem dos recursos públicos fazendo com que, a cidade que tem um PIB per capita de R$ 45.120,10 – quase quatro vezes mais que o PIB da região (R$ 13.377,89), e quase três vezes mais que o PIB do Estado ((R$ 17.977,31) – apresente o pior IDH da Baixada Santista e a maioria do seu povo viva sem moradia digna, sem trabalho, sem lazer e em condições de completo abandono.
Vamos igualmente pedir ao CIESP, a Associação Comercial, aos Sindicatos de Trabalhadores, que reajam à tentativa dos que querem impor a "Lei do Silêncio" e garantam a lisura do processo democrático nas eleições municipais de Cubatão. No caso do CIESP, responsável pela Agenda 21, que por dois anos envolveu a comunidade em um importante debate sobre a cidade, seria de esperar que tomasse a iniciativa de ouvir, em audiências públicas, a todos os candidatos, sem distinção, bem como promovesse debates, para que assumam compromissos com a sua implementação.
Nessa direção, o Sindicato dos Odontologistas, por meio da Delegacia Sindical em Cubatão, saiu na frente e já agendou a apresentação dos candidatos e suas propostas. É uma oportunidade para que todos exponham seus programas, as alianças que fizeram e quem está por trás das milionárias campanhas postas nas ruas.
Todos têm a ganhar com o debate democrático, que fortalece as instituições e garante a qualidade dos mandatos dos futuros eleitos. Só o temem, os que tem muito a esconder: os gafanhotos e sangue-sugas da máquina pública e os candidatos por eles financiados, marionetes que aceitaram o triste jogo de leiloar o mandato antes mesmo de conquistá-lo. Os resultados e as consequências desse jogo, todos sabemos: mais quatro anos de atraso, de abandono, de corrupção e patifaria.

Um comentário:

Anônimo disse...

achei muito interessante sua matéria, e se você permitisse gostaria de publicar a sua opinião no site www.cubataoweb.net
se permitir, por favor entre em contato com o email edenilson_scruz@yahoo.com.br