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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Caso da Água Fria. Acorda povo!

Mais uma vez, a população da Água Fria, Cotas e Pilões é enganada por falsos líderes, especialmente os que disfarçam os seus objetivos sob a denominação de presidentes de Associações de Moradores - espécie de biombo para acobertar seus objetivos escusos e inconfessáveis.

A passeata desta semana, supostamente para reivindicar direitos teve o patrocinío e a inspiração da prefeita MR.

Enganar essas famílias, levando-as a acreditar que tem o apoio da prefeita MR contra o Governo do Estado, é uma crueldade com pessoas honestas, enganadas por espertalhões que agem por puro cálculo político e em nome de interesses político-eleitorais que não tem a dignidade de confessar e que nada tem a ver com a defesa dos moradores, lesados na sua credulidade e boa fé.

A prefeita MR, por sua vez, usa os falsos espertalhões e engana os moradores pela segunda vez porque omite que é sócia do Governo do Estado no Programa de Recuperação Sócio-Ambiental da Serra do Mar, que já começou a remover as famílias. A Prefeitura, desde Clermont é parceira do Programa e a prefeita, simplesmente, manteve a parceria.

Os discursos, os desafios que lança pelos jornais, neste caso, tem a mesma consistência e confiabilidade de uma Nota de mil. “Eu desafio o Estado para que ele me apresente um único documento provando que esse projeto de jardim botânico tenha sido mostrado para alguém ou que tenha sido realizada audiência pública em Cubatão”,discursa MR, esquecendo que é prefeita e deveria ter deixado o palanque de onde nunca saiu.

Concebido pelo Governo Serra, o Programa, que tem como objetivo atender aos interesses da Ecovias (a que cobra o pedágio mais caro do mundo)e das grandes empresas de terraplenagem e construção civil – pretende remover cerca de 32 mil pessoas (1/4 da população da cidade), sem quaisquer direitos, transformando-as em devedoras do CDHU por 25 anos, e comprometendo seriamente a já precária infra-estrutura urbana do Jardim Casqueiro, da Ponte Nova, Jardim Nova República e Bolsão Sete.

Como estão nesse momento na disputa eleitoral, PT e PSDB, Serra e Dilma, fica conveniente à prefeita MR, simular uma disputa, uma oposição que, em verdade, não existe. Puro teatro.

Também não passa de teatro a passeata para pedir providências ou apoios a Câmara de Vereadores. Até as pedras da calçada esburacada da Nove de Abril sabem que essa Câmara – com as exceções conhecidas – só faz o que a prefeita MR manda.

Então, é tudo um teatro da pior qualidade e de quinta categoria. Mais uma vez, os moradores, entram como massa de manobra e encenam essa peça de quinta promovida pela prefeita MR coadjuvada por falsos líderes.

Passarei, doravante, a dar nome aos "bois" (nada sonsos) dos tais líderes que participam dessa farsa e desse teatro e como agem.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

NO MOMENTO, É O QUE TENHO A DIZER...

“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores, se não houver flores, valeu a sombra das folhas, se não houver folhas, valeu a intenção da semente"(Henfil).

Poderia começar os agradecimentos, repetindo a famosa frase do querido humorista Henfil e que era sempre repetida pelo Lula para lembrar que os poderosos jamais poderiam nos derrotar, antes de o próprio Lula se tornar um “poderoso”.

Entretanto, antes de dizer isso e agradecer os 1.271 votos para Deputado Estadual – sem campanha, sem dinheiro, sem esquema alguma e ainda enfrentando o boicote do Partido – que violando a própria Lei eleitoral retirou de mim e da maioria dos candidatos a possibilidade de espaço no horário eleitoral gratuito – ainda tive como adversário a própria Justiça Eleitoral, que, numa decisão sem qualquer pé nem cabeça, indeferiu a minha candidatura, alegando que não sou filiado ao Partido – e portanto, não preencho as condições de elegibilidade.

Isso quando a mesma Justiça Eleitoral me declara presidente da Comissão Provisória do PC do B de Cubatão, pelo qual fui candidato a prefeito nas eleições de 2008, conforme pode ser visto e comprovado acessando-se o site do TRE e do TSE.

A decisão absurda de uma juíza do Tribunal Regional Eleitoral, ignorando tudo isso, acabou fazendo com que o caso tenha ido parar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde aguarda julgamento. Além do prejuízo evidente, ainda tive que passar pela humilhação de votos contados em separado, e outros dissabores que não vale à pena relembrar. Surrealismo puro, como podem ver.

Poderia dizer, como costumamos afirmar: “confio na Justiça”. Sim, eu confio na Justiça, mas não nessa. Foi nesse quadro, que disputei as eleições. Encerro, agradecendo a todos e a cada um – os que trabalharam, os que votaram, os que torceram. Tudo vale à pena quando a alma não é pequena.

Reitero que a democracia duramente conquistada no Brasil por pessoas muitas das quais sacrificaram as suas próprias vidas em defesa das idéias de liberdade e Justiça, foi tomada pelo mercado – pelos interesses de grupos, pelo lobismo desenfreado, pela corrupção sem limites, pelo circo sem pão em que as campanhas, sob esse sistema eleitoral se transformaram; empresas azeitadas à milhões - pura atividade de compra e venda e de consciências, de favores e de votos.

Não há amargura no que digo – só constatação. Não estou só nessa breve análise e avaliação. Basta conferir os quase 5 milhões que se abstiveram, os quase 2 milhões de votos brancos e os mais de 2 milhões de votos nulos, só nas eleições para Deputado Estadual.

Nesse caso, prefiro ficar com essa minoria, do que com a maioria que – animada pelo pão e circo das campanhas – torna-se a cada eleição – massa de manobra dos mesmos e velhos interesses dos grupos beneficiários de um sistema de exploração em que o Estado simplesmente é usado como balcão de negócios de quem manda no Brasil há 510 anos.

O retrato acabado da degradação política e da falência desse sistema político-eleitoral-partidário é a eleição de Tiririca como o deputado mais votado do Brasil com 1,3 milhão de votos.

Por último, não se faz greve de fome como instrumento de luta política quando todos os recursos e os meios de luta se esgotam?

Pois bem, eu me junto aos 9.061.390 (quase 10 milhões, cerca de 1/3 dos eleitores de S. Paulo, que ou se abstiveram, ou anularam ou votaram em branco nas eleições de 03 de outubro) e me declaro em Greve de Voto, até que se faça uma reforma política no Brasil, capaz de acabar com a injustiça e a desigualdade também no processo eleitoral e político e que dê um fim ao voto obrigatório, garanta financiamento público das campanhas, candidaturas autônomas, voto distrital/ou distrital misto e mandatos revogáveis. Trata-se de uma atitude política de protesto e resistência.

Combaterei em outras frentes. Chega de farsa!Veja os números e tire suas próprias conclusões:

Seções: 80.220
Seções Apuradas: 80.220 (100,00%)
Eleitorado: 30.289.723
Apurado: 30.289.723 (100,00%)
Abstenção: 4.979.456 (16,44%)
Comparecimento: 25.310.267 (83,56%)
Votos: 25.310.267
Brancos: 1.929.787 (7,62%)
Nulos: 2.152.147 (8,50%)
Válidos: 21.228.333 (83,87%)