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sábado, 18 de dezembro de 2010

A prefeita MR e a montanha de dinheiro

Foi aprovado na semana que passou o orçamento de Cubatão para 2011: R$ 1.120.047.045,00. Repito: Um bilhão, cento e vinte milhões, quarenta e sete mil e quarenta e cinco reais.

Só a Câmara terá para gastar R$ 35.968.819,00 - Trinta e cinco milhões, novecentos e sessenta e oito mil e oitocentos e dezenove reais. O Projeto de Lei 83/2010, já aprovado pelos vereadores, aguarda ser sancionado pela prefeita MR.

Agora, a pergunta que não quer calar: como é possível que uma cidade com tanto dinheiro esteja com seu povo - uma população de apenas 116 mil habitantes, conforme o Censo do IBGE deste ano - em situação de tanto abandono e penúria?

A resposta, todos sabemos: é uma mistura de incompetência, falta de compromisso de seguidos governos - inclusive do atual - com a maioria da população que é pobre, acordos, ausência de prioridades em função de negócios.

Em resumo: é a isso que nos referimos quando dizemos que a Prefeitura de Cubatão se tornou um grande e imenso balcão de negócios. O povo paga a conta. Todos os anos, com seu trabalho, faz com que a cidade tenha arrecadações sempre crescentes. Em troca não tem nada, a não ser promessas vazias de quatro em quatro anos.

Até quando?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Um Programa para refundar a cidade

Quem esperava que o ano de 2010 - dois anos após a posse e na metade do mandato - marcasse o início do cumprimento das promessas feitas pela prefeita MR na campanha mais cara do Brasil (R$ 2,7 milhões, oficialmente, segundo o declarado na Justiça Eleitoral), deve estar concluindo que cometeu mais um erro.

O Governo MR é exatamente isso aí que todos (pelo menos os que tem olhos prá ver) podem ver: incompetente na forma, vazio no conteúdo; um amontoado de interesses sem comando, nem programa que não apenas a marketagem esperta de quem nada tem a oferecer, a não ser o ilusionismo tosco dos "crédulos sem causa".

Chamo "crédulo sem causa" aquele cara que acredita, porque não tem outra opção para acomodar interesses menores - como um empreguinho aqui, um carguinho ali, uma promessa de alguma coisinha acolá. Ou então, um tipo de medíocre muito comum em qualquer cidade, que acredita em tudo o que lhe dizem - desde que venha de alguém que tenha ou simule algum poder.

Também neste ano de 2010, o Governo MR não apenas não esclareceu malfeitos dos anos anteriores (crianças hospedadas em motéis em S. Caetano para os Jogos Regionais, licitações que não passariam por um crivo do Tribunal de Contas, entre outros que encheriam esta página), como acumulou outros.

Para evitar cansar o leitor doravante - já que falar do desastre que é esse Governo se tornou redundante - vou começar a tratar do que deveria ser feito por um Governo que não tivesse de rabo preso com os interesses dos grandes grupos econômicos e empresariais que, desde há muito, transformaram a Prefeitura num mero balcão de negócios.

Como, por exemplo, um Governo que não tivesse na mão desses grupos agiria para enfrentar o problema dos precatórios, que é dos maiores escândalos já produzidos desde as Sesmarias; como poderia incorporar à cidade 2/3 da população que vive largada às margens nas favelas; como poderia enfrentar a questão do transporte público, sem cair na mão dos lobistas que, na prática, nada mais fazem do que fazer caixa para as campanhas; como aproveitar o imenso potencial de turismo e lazer do Parque Estadual da Serra do Mar; como gerar emprego e renda numa cidade pelo qual passa 1/4 da produção industrial do país, e cujos moradores, na imensa maioria, vive a realidade do desemprego; como tornar a cidade um lugar habitável para a juventude; como fazer com que a máquina pública, com quase 4 mil servidores, verdadeiramente funcione.

Advirto aos malecidentes de plantão que não se trata de programa de candidato, inclusive, porque, no atual modelo político-eleitoral-partidário, sem reforma política, que garanta ao menos financiamento público de campanha -, sequer candidato serei, como já é público.

Trata-se apenas de idéias pelas quais lutei a vida inteira e pelas quais continuarei lutando, independente de candidaturas e de partidos.

Até!