Desde que ganhei consciência
das injustiças do mundo, sou de esquerda. Sempre serei de esquerda. Por mais
que os conceitos de esquerda e direita sejam considerados, por alguns, sem sentido, já que surgiram no contexto da revolução francesa para
definir as posições mais conservadoras (direita) e mais progressistas
(esquerda), ser de esquerda, prá mim, sempre vai significar a defesa do que é
justo; de que o homem não deve ser explorado pelo homem; que todos devem ter
oportunidades iguais para que o talento e a dedicação dos melhores prevaleçam;
acreditar na utopia de uma sociedade, com justiça, liberdade e solidariedade,
baseada na colaboração entre as pessoas e não na competição.
Essa Olimpíada que termina
hoje, a exemplo do que aconteceu com milhões de brasileiros me fez recuperar – orgulho de ser brasileiro. Me fez acreditar
que, apesar de uma elite política absolutamente incompetente, corrupta,
predatória, vale à pena acreditar no povo brasileiro, acreditar no Brasil.
O
Brasil, por meio de seu povo, com todas as dificuldades, em um momento da maior crise econômica e política de sua história, com todas as desigualdades e injustiças, é capaz das façanhas mais incríveis, como aquela
abertura da Olimpíada que maravilhou o mundo com arte e talento.
Não apenas pela conquista do
ouro olímpico no futebol, sábado (20/08), que apresentou ao mundo, uma nova
geração de moleques, comandados por Neymar, mas também pela conquista do
Voleibol brasileiro neste domingo (21/08), a equipe que o Bernadinho comanda
como técnico e que na quadra tem uma equipe valorosa de atletas dedicados e competentes.
Antes que a velha “esquerda”
caquética, retrógrada e conservadora (portanto, direita), me atribua o rótulo
de ufanista, é importante dizer que a esquerda brasileira, não merece continuar
sendo hegemonizada pelo lulopetismo.
A esquerda brasileira tem
uma história de mártires e de sacrifícios imensos pelas causas do povo, com
erros e acertos inerentes a nossa condição humana. Não pode continuar ancorada e estacionada em
algum ponto do século passado, pré-queda do Muro de Berlim.
Assim, como Cecília Meireles
dizia num poema que “a vida só é possível reinventada”, a esquerda brasileira,
neste século XXI, precisa ser reinventada e se livrar desse fantasma, dessa
fraude do lulopetismo e de suas práticas
corruptas.
Viva o povo brasileiro! Viva
o Brasil!