Vivendo, há alguns meses, o drama pessoal de quem pode ter contra si, a qualquer momento, uma ordem de
prisão expedida pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Luis Inácio Lula da
Silva estará nesta quinta-feira (04/08), em Cubatão, para apoiar o candidato do
seu partido à Prefeitura, o vereador Fábio Inácio.
A recepção a Lula, que em
outros tempos era símbolo de esperança e agora acaba de se tornar réu na
Operação Lava-Jato e sobre quem pesam suspeitas de ter se tornado um traficante
de influência do clube de empreiteiros (parte dos quais, presos e alguns já
condenados em primeira instância) pelo esquema corrupto que quebrou a Petrobrás
–, porém, não poderia ser pior: anunciam-se protestos com panelaços; uso de roupas
pretas para expressar o sentimento de luto com a situação de penúria em que se encontra a cidade; ameaça de parte do comércio de baixar as
portas, são, algumas das propostas que estão sendo discutidas.
A cidade que Lula verá hoje –
após oito anos do desastre de uma administração que deixará Cubatão em absoluto
estado de falência – não é a mesma em que era recebido com esperança. O mal
humor é geral.
Embora haja ainda uma parcela da população iludida pelo lulopetismo, há repulsa e raiva na imensa maioria que já compreendeu o estado de ruína em que os dois
governos – Lula e Dilma – deixaram o país: quase 12 milhões de desempregados
(milhares deles em Cubatão, que ocupa a vigésima posição entre as cidades do
país com mais desemprego), perda do controle da inflação, e corrupção
generalizada como tem mostrado as investigações da força Tarefa da Operação Lava-Jato
e da Polícia Federal.
Diferente dos tempos em que anunciávamos
nos muros da cidade “Lula, vem aí”, nós, os do PT da fundação (1.979/janeiro de
1992), hoje Lula é visto como “persona non grata”.
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