REGINA ELSA ARAÚJO. Guardem esse nome. Trata-se da coordenadora Regional da Defesa Civil do Estado de S. Paulo, que, embora alertada para a tragédia anunciada que pode fazer sucumbir numa avalanche de barro e lama dezenas de homens, mulheres e crianças residentes no Grotão, Cota 95, recusa-se a remover em caráter de emergência essas famílias. Cobrada, saiu-se com esta pérola. “O importante é que todos os envolvidos atuem da melhor forma possível”. Assim mesmo, com aspas e tudo. O que teria pretendido dizer a dona Regina Elsa, só consultando os astros; ou São Pedro!
Não satisfeita, ao admitir a possibilidade de deslizamentos, emendou: “Infelizmente até que uma solução definitiva seja tomada, teremos que conviver com isso. Acidentes acontecem”.
Repito: se alguém sai de carro com o sistema de freios funcionando e bate na primeira esquina é acidente. Se esse mesmo alguém sai com um carro sem freios e bate, não é acidente: era o previsível, o esperado.
Quando centenas de famílias tem toneladas de terra que ameaçam desabar sobre suas cabeças, levando tudo que teem e colocando em sério risco as suas vidas, e todos - Estado, Prefeitura, Defesa Civil, IPT - sabem disso, admitem isso, e nada fazem, não estamos mais diante da hipótese de acidente.
É interessante que alguém avise a dona Regina Elsa que não é de acidente, portanto, que se trata, mas de um crime. Crime de omissão do Estado e do Poder Público. Prá isso é que existe Governo, Defesa Civil, autoridades públicas. Prá isso pagamos – e caro – nossos impostos. Inclusive, aqueles que pagam os salários de dona Regina Elsa e de burocratas do mesmo calibre.
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