A transferência, pela prefeita MR, para uma OSCIP, sigla que significa Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - a Ama Brasil -, da responsabilidade de reconstruir o Teatro Municipal é mais uma cena de uma peça que não acaba; uma peça velha, cheia de atos suspeitos, cujos responsáveis vem e vão sob à proteção de quem deveria zelar pelos dinheiros públicos.
O ato mais nebuloso da peça foi o sumiço de cerca de R$ 2 milhões, de um total de cerca de R$ 5,5 milhões, que seriam captados junto à Petrobras pela ONG Tupec, presidida por Edson Carlos, o Bombril, aliado e parceiro da prefeita na campanha e sobre quem pesam suspeitas de graves responsabilidades.
A primeira parte do dinheiro foi repassado pela Petrobrás, a segunda já estava a caminho, quando o Ministério Público começou a investigar as irregularidades em Inquérito que ainda hoje está sob a mesa do promotor Rodrigo Dacal. A principal irregularidade é a seguinte: o dinheiro veio, mas a obra ficou à espera de conclusão.
Foi feita uma maquiagem malfeita e o resultado está à vista: o abandono, (mais uma vez) de uma obra que, segundo se sabe, já consumiu mais de R$ 20 milhões desde 1.9989 – sem ter sido concluída. É a obra não acabada mais cara do Brasil, quem sabe do mundo.
O grave é que a prefeita MR faz vistas grossas ao andamento do Inquérito, o seu grupo político protege o suspeito do desvio por ter sido aliado na campanha. A presença do advogado Fábio Pierdomênico, reconhecidamente do grupo da ex-prefeita Telma de Souza, não deixa dúvidas. O elefante branco inconcluso está sendo mais uma vez passado para a frente, sem maiores explicações, muito provavelmente porque, as empresas do Parque Industrial não toparam a idéia da prefeita de repassar prá elas, a responsabilidade de concluir a obra.
A ONG, que agora herda a gestão do Teatro, mais uma vez se socorrerá de dinheiro público, captado por meio da Lei Roaunet. Seria interessante conhecer quem são os responsáveis pela OSCIP, qual o prazo previsto, e mais um detalhizinho que não pode passar desapercebido: OSCIP’s não tem fins lucrativos mas seus dirigentes podem ser regiamente renumerados.
Esse seria o trabalho da Câmara, porém, lá vereadores não fiscalizam, em regra, e um ou outro que se aventura, se torna voz solitária. E tudo fica por isso mesmo. A esperança, seria a reação de uma sociedade civil organizada, consciente, independente, porém, em Cubatão esse é um artigo, há muito tempo em falta.
Como se vê, mais uma vez, só prá não esquecer o principal mote da campanha mais rica do Brasil: o futuro continua na mão dos mesmos.
SILÊNCIO
Foi bastante sintomático e revelador o silêncio que se fez sobre o fato de a prefeita MR ter contratado uma empresa envolvida no mensalão de Brasília, no momento em que o governador José Roberto Arruda continua preso pela Polícia Federal.
Nada se falou, nada se ouviu. Silencio!!!!!!!!!
Entretanto, por mais de uma fonte chegou a informação a este Blog que o vice-prefeito Arlindo Fagundes, rompido com MR, distribuiu a matéria com denúncia por amigos, colaboradores e correligionários.
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