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domingo, 21 de fevereiro de 2010

MR contrata empresa do mensalão do DEM

A empresa Unirepro Serviços Tecnológicos Ltda., envolvida no mensalão, do DEM de Brasília – cujo governador José Roberto Arruda está preso há mais de uma semana -, foi contratada pela Prefeita Márcia Rosa para prestar serviços de impressão e pré-impressão. O valor do contrato, de Nº 021/2010 - é de R$ 1.576.647,20 (hum milhão, quinhentos e setenta e seis mil, seiscentos e quarenta e sete reais e vinte centavos), e o extrato foi publicado exatamente no sábado no sábado de carnaval, (13/de fevereiro), o que é revelador, para dizer o mínimo, de como opera a “Gestão Transparente”.

SEM LICITAÇÃO
Essa é a segunda empresa com contrato com o governo do Distrito Federal a ser contratada em menos de 15 dias. Antes, numa sucessão de trapalhadas, a Secretaria de Saúde desistiu da Toesa Service Ltda, contratada pela prefeita MR para o transporte de pacientes em ambulâncias. O contrato, com dispensa de licitação, era de R$ 1,026 milhão por 180 dias – R$ 171 mil mensais para seis ambulâncias. A empresa contratada pela prefeita MR também tinha contrato no valor de R$ 12,9 milhões com o Governo Arruda.

A volta atrás aconteceu por conta da repercussão do caso. O Diário do Litoral (DL) de Santos , sob o título “Deputada do PT investiga contrato milionário da Toesa no DF”, revelou que a empresa, segundo a deputada petista Érica Kokay, tinha negócios suspeitos com Arruda. Cinco dias depois da publicação do edital do contrato emergencial, a Prefeitura devolveu as ambulâncias e o secretário Vanderjackson Bezerra, da Saúde, negou a existência do contrato, que ele próprio havia anunciado.

A UNIREPRO
A nova empresa contratada pela prefeita MR foi flagrada nas imagens da operação da PF e estaria envolvida no escândalo do suposto pagamento de propinas do GDF, que provocou a prisão do governador – a primeira na história da República – e uma crise institucional sem precedentes no DF.

A empresa tem contratos com a Secretaria de Saúde do DF. Levantamento feito pela assessoria do deputado Chico Leite – também do PT - revelou um aumento de 5.000% nos gastos com serviços gráficos depois da terceirização do serviço à empresa.

Em 2006, foram gastos R$ 235 mil. Em 2007, no Governo de Arruda, foram pagos R$ 1,38 milhão. Em 2007, o repasse de recursos por serviços gráficos mais que quintuplicou: chegou a R$ 12 milhões. O GDF, segundo a denúncia estaria pagando a empresa um custo por impressão de R$ 0,30, quando a mesma tarefa sairia por R$ 0,03 na gráfica da própria Secretaria de Saúde.

Com sede em São Paulo (SP), a UniRepro começou a ser citada no escândalo de Brasília, depois que o ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa (o autor dos vídeos em que Arruda, secretários e deputados aparecem recebendo maços de dinheiro) de pagar propina a integrantes do GDF para obter contratos de prestação de serviço com órgãos e empresas públicas, conforme inquérito da Polícia Federal.

Ainda de acordo com Barbosa, o dinheiro obtido com o esquema servia para que o governador José Roberto Arruda (DEM) comprasse o apoio político de deputados distritais e também para o
“enriquecimento pessoal” de alguns dos envolvidos no esquema. Em um vídeo gravado por Barbosa, o ex-subsecretário de Recursos Humanos da secretaria, João Luiz, aparece recebendo cerca de R$ 20 mil referentes, segundo Barbosa, ao contrato da Uni Repro.

REAJA!
O estranho interesse de empresas de Brasília pelo mercado de serviços na Prefeitura de Cubatão – de forma discreta e no maior silêncio - é compreensível. Lá, a casa caiu. Literalmente. Tais grupos, sempre envolvidos em esquemas suspeitos em que o dinheiro público vira fonte de enriquecimento e financiamento de campanhas, operam exatamente dessa forma.

O que é incompreensível é que a Câmara de Cubatão não se posicione. Que não instale uma Comissão Especial de Inquérito para apurar os contratos suspeitos, que não peça ajuda ao Ministério Público para fazer parar a sangria de dinheiro público e botar os responsáveis em cana, da mesma forma como fez a Polícia Federal com o Governador de Brasília.

Na última sessão da Câmara, a proposta da formação de uma Comissão Especial de Vereadores - apenas para que a Prefeitura dê esclarecimentos -, teve apenas três votos; foi rejeitada pela maioria que mantém fidelidade canina à prefeita MR.

Também é incompreensível a apatia, a acomodação das pessoas – que não fazem parte de tais esquemas – e silenciam, no que acabam se tornando cúmplices. Falta informação? Não. A maior parte dos formadores de opinião – sabe que esse Governo MR – manteve, mantém e manterá os velhos esquemas. Jogou, há muito, no lixo, a bandeira da Ética, que, por décadas, foi levantada pelos fundadores do PT, transformado em Cubatão, por MR e seu grupo, numa caricatura tosca da legenda que eu e muitos homens do povo construíram, dedicando os melhores anos de nossas vidas.

Faltam leis para punir os malfeitos, identificar os responsáveis e mandá-los para a cadeia? Também, não.

Falta um Poder Judiciário e um Ministério Público ativos? Também, não. O Judiciário está aí, o que acontece é que o Direito não socorre quem dorme.

O que faltam são líderes que não estejam com as mãos amarradas, com independência para botar a boca no mundo e chamar o Povo a dizer um Basta! à bandalheira. É isso que falta.

Com a esperança de que surjam das entranhas dessa cidade – líderes com essa estatura – estou propondo uma Grande Marcha no dia 9 de Abril – o Dia da Cidade – em que cada cidadão, cada cidadã, possa expressar o seu descontentamento e frustração com mais um Governo que traiu as esperanças de uma Cidade para Todos.

Mais do que nunca é necessária, em Cubatão, uma Revolução das Consciências! Úma Revolução de todos (as) os que não se corromperam participando dos esquemas mafiosos que há décadas drenam o dinheiro público e mantém, à míngua, destituída dos mais elementares direitos - a maioria da população.

Não se acomode, reaja. Rebele-se!

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