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terça-feira, 26 de julho de 2016

NO DIA DOS AVÓS, LEMBRANDO AS RAÍZES


Homenageio, neste Dia dos Avós, as minhas duas avós - Josefa Maria de Jesus, mãe da minha mãe, a Mãe do Rio da Vaca; e Maria Tereza de Jesus, mãe do meu pai, além, claro, do meu avô, José Vieira dos Santos, o Zé Vaqueiro.

Mãe do Rio da Vaca como a chamávamos, nasceu no dia 22 de fevereiro de 1.903, e era filha de negros que viveram no período da escravidão. Assim a chamávamos porque morava no povoado como esse nome, município de Lagarto, Sergipe. 

A mãe da minha mãe era uma mulher forte que criou sozinha os filhos, depois que meu Avô, Pedro Roberto Bispo dos Santos (que não está nas fotos, porque não achei nos meus arquivos, mas que também homenageio no Dia dos Avós), fugiu com uma mulher a quem amava no dia que completei 12 dias de vida, em 1.956.


Mãe Tereza, essa daí em baixo, mãe do meu pai, como podem ver era uma legítima índia Xocó, nação indígena que vive ainda na região de Porto Real, em Sergipe. Meu pai, que é baixinho, puxou a ela. Não tivemos com ela muito contato. Era retraída, quase reclusa. Pelo menos era essa imagem que eu e os meus irmãos tínhamos dela.


Esse daí embaixo é o Zé Vaqueiro, José Vieira dos Santos, pai do meu pai, nascido em 1.909. Só 21 anos após a abolição da escravidão. Na sua carteira de trabalho consta "lavrador". Seus pais chamavam-se Severo José Vieira e Maria Senhora de Jesus. Também lavradores, viveram sob a escravidão. Provavelmente, filhos de pais escravizados. Zé Vaqueiro, e Maria Tereza de Jesus eram primos.

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