O Jornal A Tribuna, mais uma vez, ao invés de fazer jornalismo, opta pelo papel de assessoria de Imprensa da prefeita MR. Isso é ainda mais grave porque todos sabemos que o jornal tem contrato com o Município para publicação da parte oficial em valores superiores a $ 1 milhão de reais/mês. O contrato, mantido com todas as administrações, foi renovado em agosto passado pela prefeita.
Ao invés de noticiar na edição deste sábado (1º/maio) a decisão judicial que determinou que a Prefeitura volte a fornecer merenda e transporte às crianças da APAE, o jornal distorce deliberadamente os fatos e desinforma os seus poucos leitores (cada vez menos, diga-se de passagem), para colocar em primeiro plano, a rejeição por parte da Assembléia da entidade, a um acordo com a Prefeitura que, na prática, era a forma encontrada para fazer valer o "capricho" da prefeita MR: uma intervenção branca na APAE.
Ora, a Justiça já disse, por duas vezes, por meio de decisão da 4ª Vara Cível de Cubatão, que a Prefeitura não tem poderes para intervir na entidade. Na última decisão, o juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 4ª Vara Cível, determinou que o Município volte a fornecer merenda e transporte para as crianças, parando com o terrorismo que vem praticando à margem da Lei e em total desrespeito à Justiça.
Diante da decisão judicial, cabe a Prefeitura apenas cumpri-la. Recorrer é um direito que tem, mas até que a sentença seja reformada, tem de ser, simplesmente, cumprida. E ponto.
A tentativa da prefeita MR, com a ajuda da sua fantástica máquina de propaganda - que inclui o jornal A Tribuna - é mais uma violência que deve ser denunciada e repudiada por todos quantos ainda respeitam e acreditam na Justiça.
À prefeita, cabe apenas cumprir a decisão, sob pena de, não o fazendo, pagar multa de R$ 10 mil reais/dia, sem contar com as consequências que arcam autoridades que desafiam decisões judiciais.
O resto é manipulação pura e simples de um jornal que, em Cubatão - e não é de hoje - briga com a notícia, desinforma, distorce, desafia e subestima a inteligência dos cidadãos, apenas porque tem contrato com a Prefeitura, o que o impede de fazer jornalismo com isenção e imparcialidade. Na prática, o impede de cumprir o seu papel: informar. O Jornal tem o direito de ter opinião sobre o que está ocorrendo, sim, no caso Prefeitura/APAE. Porém, no lugar adequado: o editorial.
Não desinformar, como vem fazendo sistematicamente, apresentando apenas um lado: a posição da prefeita e do seu mesquinho propósito de tentar destruir a APAE/Cubatão, apenas porque os seus diretores não rezam pela sua cartilha, e indiferente ao drama e sofrimentos de mais de uma centena de crianças excepcionais.
Os jornalistas que trabalham em A Tribuna sabem do que afirmo, porém, eles - nem mesmo o responsável pela cobertura em Cubatão, Thiago Macedo - tem responsabilidade por decisões da empresa, que privilegia seus interesses comerciais em detrimento do dever de informar com isenção e imparcialidade.
Como jornalista, sei muito bem do que falo. Os jornalistas de A Tribuna também o sabem.
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