Desde janeiro, quando assumiu, o Governo Márcia Rosa só tem feito compras de emergência e funcionários do Departamento de Suprimentos, ouvidos pelo Blog, admitem que já começou a contagem regressiva para o apagão geral. E não é o apagão que já é o próprio Governo em si – sem idéias, iniciativas e ou rumos – dirigido de fora e com gente que não sabe como ir do Paço a Nove de Abril, em postos chaves de comando e se fiando numa máquina fantástica de propaganda, azeitada com dinheiro, muito dinheiro.
A máquina vai parar, acrescentam, porque dentro de, no máximo três meses há o risco de não haver mais material de limpeza e higiene pessoal e também faltar material de escritório e de informática. Só para se ter uma idéia, a Prefeitura tem um gasto mensal de cerca de R$ 100 mil, só de material de limpeza.
A previsão sombria se deve ao fato de que, licitações para compra levam de três a seis meses - da abertura, com a publicação na parte oficial de jornais de grande circulação, à entrega dos produtos no Almoxarifado. A situação só não está mais grave, porque o desastroso Governo anterior deixou estoques e o almoxarifado abastecido.
Entenda a história
Para se entender o apagão no abastecimento é preciso conhecer a história dos primeiros dias do Governo MR. Nomeado para a Secretaria de Finanças – decisão que ninguém havia entendido até aqui – o vereador Adeildo Heliodoro, o Dinho, cuja experiência na área financeira é tão profunda quanto os conhecimentos do Ivo da Banca em Astronáutica e Mecatrônica – determinou a centralização de todas as compras a sua pasta.
Em defesa do secretário multifuncional, diga-se: claro que a decisão não foi dele, mas, da prefeita MR. E também, claro, que a decisão não foi dela, e sim do petismo forasteiro (Telma, Fausto) que governa a cidade, com as ramificações conhecidas.
Não por acaso, a diretora do Departamento de Suprimentos da Prefeitura, Karina Hernandes Kondo, foi trazida de Osasco. A companheira começou sua gestão à frente do Departamento – que é responsável pelo Setor de Compras e está ligado à Secretaria de Finanças – com uma medida radical: afastou todos os funcionários que cuidavam das compras. Resultado: o setor travou, porque os novos responsáveis não conheciam os procedimentos.
Kits escolares não entregues
A única licitação – para a compra de Kits escolares – foi vencida por uma empresa da Bahia. Por alguma razão – que uma boa investigação esclareceria facilmente – a empresa desistiu, e a segunda colocada também não assumiu. Resultado: os kits escolares (cadernos, réguas, lápis, borracha) até hoje não foram entregues. A situação tornou-se ainda mais crítica, porque a companheira jogou a toalha no mês passado e voltou para Osasco. Funcionários de outras secretarias estão sendo acionados para destravar o setor de compras e evitar o apagão.
O hilário dessa história é que o secretário de Finanças voltou para a Câmara propagandeando uma economia de R$ 800 mil.
O exemplo de eficiência gerencial seria digno de ser seguido em todo o ocidente, não fosse por esse singelo detalhe: os kits não foram entregues até hoje.
Jornais não noticiam e Câmara não fiscaliza
Essa história aí de cima é verídica. Real. Me foi contada por gente que está vivendo e sendo testemunha diária da tragédia. Entretanto, você não a verá nos jornais A Tribuna, Acontece, Cidade, muito menos no Reação Popular. Os três primeiros não tem liberdade para fazer jornalismo. Todo jornal é uma empresa, porém, o seu produto é a informação. No caso, essas empresas, não entregam o produto, que deveria ser a sua matéria prima.
No caso do Reação, desde que foi criado, existe para isso mesmo: ver o mundo róseo e transmitir a versão oficial.
No caso do Reação, desde que foi criado, existe para isso mesmo: ver o mundo róseo e transmitir a versão oficial.
Você também não verá nenhuma investigação na Câmara, que tem 11 vereadores de quatro partidos e consumirá este ano R$ 34 milhões do orçamento. Moral da história: a Imprensa não noticia e a Câmara não fiscaliza.
Sinais mais do que à vista do apagão geral.
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