Em toda a minha vida e atuação política há duas coisas que me repugnam e enojam: puxa-saquismo e perseguição. Detesto puxa-sacos e odeio perseguidores.
Aos fatos.
A Câmara, em decisão, mais do que acertada, rejeitou em boa hora, no dia 30 p. passado, o Projeto de Lei nº 1362/2009, de autoria da prefeita MR, que pretendia ajudar financeiramente, com R$ 29 mil, a LIESP - Liga de Ciclismo do Litoral do Estado de S. Paulo. O valor, uma merreca para uma cidade tão rica; o nome do Projeto, quase exotérico - Projeto Ciclos. O objetivo é que, causa espanto e escândalo: ensinar crianças a andar de bicicleta.
Sim, é exatamente isso: “ensinar crianças a andar de bicicleta” foi a idéia luminosa da prefeita MR, na qual pretendia investir R$ 29 mil de dinheiro público.
O presente só não aconteceu porque a Câmara rejeitou o projeto, com votos, inclusive,de vereadores da base governista, como o vereador José Aparecido dos Santos, Dédinho, o primeiro líder da bancada desse Governo, que também é recordista em tempo de vereador ocupando a liderança.
Em represália à rebeldia, a prefeita MR decidiu enquadrar Dedinho, e determinou que fôsse mostrada ao vereador a ira da "magestade" contrariada. Todos os cargos na Prefeitura, de indicação do parlamentar do PSB, foram exonerados, segundo consta, o que configura dupla confissão de malfeito: 1) de que as indicações dos cargos de confiança se baseiam no "troca-troca" da velha políticagem e a competência de quem os ocupa não conta; 2)de que não há espaço para divergência neste Governo, nem entre quem ajudou a elegê-lo e fazia parte da sua base de sustentação na Câmara.
Disse lá em cima e repito. Perseguição me repugna e enoja. Em toda a minha vida política fui - e ainda sou, em larga medida -, vítima e alvo de inúmeras pelas posições que assumi e assumo.
É o que sinto quando vejo um Governo que se elegeu com promessa de mudança, representando um Partido que fundei enfrentando toda a sorte de perseguições (da polícia, dos interventores, dos reacionários de sempre etc.), se comportar, igualzinho, como nos velhos temos da ditadura e dos prefeitos nomeados.
Não tenho procuração do vereador Dédinho. Não sou seu partidário, nem participo do seu grupo político ou partido. Mas, é preciso que também na política cada coisa seja chamada pelo seu nome, e o que a prefeita MR fez tem nome e sobrenome: chama-se PERSEGUIÇÃO e merece o repúdio de todos os que lutaram e lutam por Respeito à divergência de idéias, Justiça, Democracia.
Como se vê, são velhos os tempos e não são novos os dias.
Toda a minha solidariedade ao vereador Dédinho!
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